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domingo, 28 de outubro de 2012

Crônica

Ola gente irei fala hoje sobre um assunto que estava estudando no bimestre passado que e sobre as crônicas.
Crônica e um gênero que tem relação com a ideia de tempo e consiste no registro de fatos do cotidiano em linguagem literária (conotativa).
A crônica pode ser lirica, humorística, crônica-ensaio, filosófica ou jornalistica.
Esse e um exemplo de crônica humorística que a professora passo para os alunos:

"Chegou o verão!



Verão também é sinônimo de pouca roupa e muito chifre, pouca cintura

e muita gordura, pouco trabalho e muita micose.
Verão é picolé de Kisuco no palito reciclado, é milho cozido na águada torneira, é coco verde aberto pra comer a gosminha branca.
Verão é prisão de ventre de uma semana e pé inchado que não entra notênis.
Mas o principal ponto do verão é.... A praia!
Ah, como é bela a praia.
Os cachorros fazem cocô e as crianças pegam pra fazer coleção.
Os casais jogam frescobol e acertam a bolinha na cabeça das velhas.
Os jovens de jet ski atropelam os surfistas, que por sua vez, miram aprancha pra abrir a cabeça dos banhistas.
O melhor programa pra quem vai à praia é chegar bem cedo, antes dosorveteiro, quando o sol ainda está fraco e as famílias estãochegando.
Muito bonito ver aquelas pessoas carregando vinte cadeiras, trêsgeladeiras de isopor, cinco guarda-sóis, raquete, frango, farofa,toalha, bola, balde, chapéu e prancha, acreditando que estão deférias.
Em menos de cinqüenta minutos, todos já estão instalados, besuntadose prontos pra enterrar a avó na areia.
E as crianças? Ah, que gracinhas! Os bebês chorando de desidratação,as crianças pequenas se socando por uma conchinha do mar, osadolescentes ouvindo walkman enquanto dormem.
As mulheres também têm muita diversão na praia, como buscar o filhoafogado e caminhar vinte quilômetros pra encontrar o outro pé dochinelo.
Já os homens ficam com as tarefas mais chatas, como furar a areia prafincar o cabo do guarda-sol.
É mais fácil achar petróleo do que conseguir fazer o guarda-sol ficarem pé.
Mas tudo isso não conta, diante da alegria, da felicidade, damaravilha que é entrar no mar!
Aquela água tão cristalina, que dá pra ver os cardumes de latinha decerveja no fundo.
Aquela sensação de boiar na salmoura como um pepino em conserva.
Depois de um belo banho de mar, com o rego cheio de sal e a periquitacheia de areia, vem àquela vontade de fritar na chapa.
A gente abre a esteira velha, com o cheiro de velório de bode, bota ochapéu, os óculos escuros e puxa um ronco bacaninha.
Isso é paz, isso é amor, isso é o absurdo do calor!!!!!
Mas, claro, tudo tem seu lado bom.
E à noite o sol vai embora.
Todo mundo volta pra casa tostado e vermelho como mortadela, tomabanho e deixa o sabonete cheio de areia pro próximo.
O shampoo acaba e a gente acaba lavando a cabeça com qualquer coisa,desde creme de barbear até desinfetante de privada.
As toalhas, com aquele cheirinho de mofo que só a casa da praiaoferece.
Aí, uma bela macarronada pra entupir o bucho e uma dormidinha na redepra adquirir um bom torcicolo e ralar as costas queimadas.
O dia termina com uma boa rodada de tranca e uma briga em família.
Todo mundo vai dormir bêbado e emburrado, babando na fronha etorcendo, pra que na manhã seguinte, faça aquele sol e todo mundopossa se encontrar no mesmo inferno tropical...



Luís Fernando Veríssimo"

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